terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Abalo Global - Fiat "não pode continuar" sem fusão, diz presidente.

FONTE: O GLOBO ON LINE
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abalo global

Fiat "não pode continuar" sem fusão, diz presidente

Publicada em 08/12/2008 às 11h17m

Reuters/Brasil Online

MILÃO - A Fiat precisa encontrar um parceiro já que é muito pequena para sobreviver sozinha à crise que abateu a indústria, afirmou o presidente-executivo da companhia, Sergio Marchionne, em uma entrevista publicada nesta segunda-feira na Automotiv News, uma revista especializada na indústria automotiva. Ele afirmou esperar que a indústria se consolide nos próximos dois anos, deixando seis companhias para competir em nível mundial, com a Fiat vinculada a alguma delas.

Você precisa de pelo menos 5,5 milhões a 6 milhões de carros por ano para ter uma chance de fazer dinheiro. A Fiat não está nem na metade disso.
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- Você precisa de pelo menos 5,5 milhões a 6 milhões de carros por ano para ter uma chance de fazer dinheiro - disse Marchionne. - A Fiat não está nem na metade disso. E não estamos sozinhos nisso. Então, precisamos agregar de uma maneira ou de outra - afirmou o executivo, que evitou comentar possíveis parceiros da Fiat.

Em novembro, Marchionne concedeu entrevista em tom bem mais otimista. Na ocasião, ele assegurou que os investimentos da Fiat no Brasil seriam mantidos e afirmou que o país estava em situação muito mais confortável do que outros para enfrentar a crise financeira.

Em uma tentativa de cortar custos, montadoras ao redor do mundo estão suspendendo produção e dispensando funcionários diante de quedas acentuadas nas vendas.

A crise tornou o crédito mais caro para consumidores e os assustou em relação a grandes compras, dada a perspectiva de desemprego diante da ameaça de recessão.

As americanas GM, Ford e Chrysler há semanas tentam conseguir um socorro do governo americano. As três pedem US$ 34 bilhões, mas o Congresso avalia liberar apenas US$ 15 bilhões.

Diante desse novo cenário, Marchionne deixou aberta a possibilidade de perder seu cargo com a consolidação.

- Algumas pessoas perderão o direito de liderar... E eu me incluo nisso.

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O mercado freqüentemente tem especulado sobre uma separação do grupo Fiat ou a venda da divisão automotiva porque não é grande nem lucrativo o bastante para continuar independente.

Apesar de Marchionne não ter comentado quem poderia ser parceiro da Fiat, entre as montadoras cuja produção ultrapassa os 5 milhões de veículos estão Toyota, GM, Volkswagen, Ford e Renault-Nissan.

- Vamos acabar com uma grande empresa norte-americana, uma alemã, uma franco-japonesa, talvez mais uma nos EUA, uma no Japão, uma na China e um outro potencial player europeu - disse o executivo.

- A Fiat está olhando para este (novo) mundo e dizendo que será uma empresa marginal se não agir. Eu não posso continuar trabalhando com carros sozinho. Eu preciso de uma máquina muito maior para me ajudar. Eu preciso de uma máquina compartilhada - acrescentou.

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