Direto da Fonte da Agencia Congresso
Urgente: 'Congresso pára por cerca de seis horas para ouvir a ex-secretária da Receita Federal'
'A ex-secretária, Lina Vieira, foi ouvida em audiência pelo Congresso e confirmou ter se encontrado com a ministra Dilma Rousseff.'
'A audiência que parou o Congresso, hoje, de 9h as 15h, ouviu a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, que confirmou ter tido encontro com a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Rousseff, em dezembro de 2008.
Nesse encontro, que segundo Lina, durou 10 minutos, a ministra Dilma a teria mandado chamar em seu gabinete para perguntar à ex-secretária se ela poderia agilizar as fiscalizações nas empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney.
Na opinião do senador Renato Casagrande (PSB), que esteve presente desde o início da audiência, a Ministra não exerceu interferência no processo de Fernando Sarney e que se esse encontro aconteceu, não foi nenhum evento extraordinário uma vez que a própria ex-secretária o relatou sem detalhes complementares de diálogo, por exemplo. “Por que a própria Lina não perguntou à ministra qual era a razão da tentativa de agilizar o processo?”, refutou o senador.
Ele também estranhou o fato da ex-secretária não ter dados concretos do dia do encontro, uma vez que a ministra é principal colaboradora e assessora do presidente Lula. “Lina deixa dúvida sobre o que aconteceu. Ela foi convincente no sentido de detalhar o momento da chegada dela no palácio, agora, fica aí a palavra dela contra a palavra da ministra Dilma.”
A ex-secretária da Receita Federal disse que o encontro não havia sido algo sem importância, pois do contrário a ministra não teria pedido a secretária Erenice Guerra que marcasse a reunião, o que na opinião de Casagrande, descreve um comportamento incomum da Casa.
Mas o próprio senador admite que fora necessário tanto tempo de audiência, ao menos para tentar terminar com a polêmica, agora, esclarecida na sua principal questão, na opinião de Casagrande: de que não houve tentativa de interferência no processo ou má conduta por parte da ministra.
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