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Vitória, 23 de Agosto de 2008
06/08/2008 às 17h14
A urgência da busca de soluções para a questão ambiental começou a ser mais bem percebida quando da realização da Conferência da ONU no Rio de Janeiro, a RIO 92 e tornou-se mais evidente com a percepção dos efeitos do aquecimento global a partir das informações dos cientistas do IPCC nos últimos anos, ficando entendido, por todos, especialmente pelos governantes, que não faz mais sentido a busca do desenvolvimento econômico, sem se importar com os impactos sócio-ambientais. Até porque já existe um arcabouço jurídico e conhecimentos científicos e tecnológicos suficientes para amenizarem ou resolverem grande parte das demandas existentes na relação sócio-econômico versus meio ambiente.
Estamos em um ano eleitoral municipal e os municípios têm papel fundamental na consolidação e funcionamento do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, afinal, é no território municipal que tudo acontece. E também sabemos que a maioria dos candidatos constrói seus discursos em cima de temas de mais interesse da população. Porém, assumir a tarefa de tratar com seriedade da questão ambiental na agenda municipal ainda não tem sido, na maioria das vezes, incluído entre as prioridades de gestão, após as eleições, seja por causa das demandas e urgências de outras áreas como saúde, educação, estradas e por aí vai, seja porque meio ambiente é importante, mas exige enfrentar interesses e mudar hábitos culturais, o que nem sempre é tarefa fácil para os gestores municipais.
Porém, a campanha eleitoral em curso certamente será uma das que o tema ambiental fará parte com mais destaque nos últimos anos, por ser um “assunto da moda” e pelo fato de a sociedade estar mais sintonizada, especialmente a partir da certeza dos problemas que se avizinham: mudanças climáticas, contaminação e escassez das águas, destruição da biodiversidade, poluição do ar, entre outros temas.
Alguns candidatos deverão colocar o tema entre suas propostas e discursos, mais por estratégia de marketing, que propriamente por amor à causa e/ou vontade de construir de fato ações sustentáveis em suas gestões municipais, caso sejam eleitos.
Outro agravante que também contribui para que os discursos eleitorais não sejam depois transformados em práticas sócio-ambientais consistentes é que muitos setores da sociedade não cobram e nem sempre, colaboram como deviam, pois são extremamente ligados ao consumismo, não querendo mudar seus hábitos de consumo, nem diminuir ganhos financeiros, a troco de permitir melhor qualidade de vida para um maior número possível de pessoas, o que leva certos setores, especialmente os mais influentes, a reagirem contra ações que firam seus interesses imediatos, o que inibe, em muitos casos, iniciativas necessárias de construção de sustentabilidade por gestores e agentes políticos municipais.
Adotar o meio ambiente nos discursos eleitorais já é um passo importante e transformá-los em atos de gestão é ainda mais fundamental para um futuro melhor de todos nós. E, para tal, os candidatos que tiverem, de fato, preocupação ambiental, como muitos sabidamente o possuem, devem construir seus discursos e programas visando à busca de soluções reais para os problemas concretos da população, geralmente conhecidos por todos nos municípios e, quase sempre, há muito reivindicadas as respectivas soluções. Como exemplo, coleta de lixo e sua adequada disposição; saneamento básico; melhoria da qualidade do ar; proteção de nascentes; córregos e rios; implantação de mais áreas verdes – Praças, parques e reservas, importantes instrumentos, inclusive, para o lazer e para a realização de trabalhos de educação ambiental. Esses pontos podem se transformar em alternativas importantes na construção de um novo modo de ver e pensar as ações ambientais e que todos tenderão a colaborar para seu sucesso.
Quando as administrações municipais estão em debate, num processo eleitoral, é momento propício e necessário para que se inclua a preocupação sócio-ambiental não só nos discursos, mas que a mesma seja transformada depois, pelos eleitos, em planos e programas administrativos possíveis, para o estabelecimento de políticas locais de desenvolvimento sustentável, o que pode trazer não somente mais qualidade de vida e manter o ritmo do desenvolvimento sócio-econômico local, como também reconhecimento e apoio por parte da população aos políticos que assim procederem.
A urgência da busca de soluções para a questão ambiental começou a ser mais bem percebida quando da realização da Conferência da ONU no Rio de Janeiro, a RIO 92 e tornou-se mais evidente com a percepção dos efeitos do aquecimento global a partir das informações dos cientistas do IPCC nos últimos anos, ficando entendido, por todos, especialmente pelos governantes, que não faz mais sentido a busca do desenvolvimento econômico, sem se importar com os impactos sócio-ambientais. Até porque já existe um arcabouço jurídico e conhecimentos científicos e tecnológicos suficientes para amenizarem ou resolverem grande parte das demandas existentes na relação sócio-econômico versus meio ambiente.
Estamos em um ano eleitoral municipal e os municípios têm papel fundamental na consolidação e funcionamento do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, afinal, é no território municipal que tudo acontece. E também sabemos que a maioria dos candidatos constrói seus discursos em cima de temas de mais interesse da população. Porém, assumir a tarefa de tratar com seriedade da questão ambiental na agenda municipal ainda não tem sido, na maioria das vezes, incluído entre as prioridades de gestão, após as eleições, seja por causa das demandas e urgências de outras áreas como saúde, educação, estradas e por aí vai, seja porque meio ambiente é importante, mas exige enfrentar interesses e mudar hábitos culturais, o que nem sempre é tarefa fácil para os gestores municipais.
Porém, a campanha eleitoral em curso certamente será uma das que o tema ambiental fará parte com mais destaque nos últimos anos, por ser um “assunto da moda” e pelo fato de a sociedade estar mais sintonizada, especialmente a partir da certeza dos problemas que se avizinham: mudanças climáticas, contaminação e escassez das águas, destruição da biodiversidade, poluição do ar, entre outros temas.
Alguns candidatos deverão colocar o tema entre suas propostas e discursos, mais por estratégia de marketing, que propriamente por amor à causa e/ou vontade de construir de fato ações sustentáveis em suas gestões municipais, caso sejam eleitos.
Outro agravante que também contribui para que os discursos eleitorais não sejam depois transformados em práticas sócio-ambientais consistentes é que muitos setores da sociedade não cobram e nem sempre, colaboram como deviam, pois são extremamente ligados ao consumismo, não querendo mudar seus hábitos de consumo, nem diminuir ganhos financeiros, a troco de permitir melhor qualidade de vida para um maior número possível de pessoas, o que leva certos setores, especialmente os mais influentes, a reagirem contra ações que firam seus interesses imediatos, o que inibe, em muitos casos, iniciativas necessárias de construção de sustentabilidade por gestores e agentes políticos municipais.
Adotar o meio ambiente nos discursos eleitorais já é um passo importante e transformá-los em atos de gestão é ainda mais fundamental para um futuro melhor de todos nós. E, para tal, os candidatos que tiverem, de fato, preocupação ambiental, como muitos sabidamente o possuem, devem construir seus discursos e programas visando à busca de soluções reais para os problemas concretos da população, geralmente conhecidos por todos nos municípios e, quase sempre, há muito reivindicadas as respectivas soluções. Como exemplo, coleta de lixo e sua adequada disposição; saneamento básico; melhoria da qualidade do ar; proteção de nascentes; córregos e rios; implantação de mais áreas verdes – Praças, parques e reservas, importantes instrumentos, inclusive, para o lazer e para a realização de trabalhos de educação ambiental. Esses pontos podem se transformar em alternativas importantes na construção de um novo modo de ver e pensar as ações ambientais e que todos tenderão a colaborar para seu sucesso.
Quando as administrações municipais estão em debate, num processo eleitoral, é momento propício e necessário para que se inclua a preocupação sócio-ambiental não só nos discursos, mas que a mesma seja transformada depois, pelos eleitos, em planos e programas administrativos possíveis, para o estabelecimento de políticas locais de desenvolvimento sustentável, o que pode trazer não somente mais qualidade de vida e manter o ritmo do desenvolvimento sócio-econômico local, como também reconhecimento e apoio por parte da população aos políticos que assim procederem.
Publicado por Luiz Fernando Schettino
Luiz Fernando Schettino Engenheiro Florestal, Mestre em Ciência Florestal e também Doutor em Ciência Florestal, pela Universidade Federal de Viçosa, e Especialista em Gestão Estratégica do Conhecimento e Inovação, pela Universidade Federal do Espírito Santo 1 Comentário
Comentários
14:02h - 08/08/2008 Fernando Claro
Vitória, 08 de agosto de 2008
Prezado Professor Luiz Fernando Schettino
Tudo bem?
Estou de acordo com sua observação, porém ouso dizer que podemos fazer mais.
Uma solução seria a proibição de doação de verba para campanha dos candidatos por parte de empresas que poluem o meio ambiente ou o inteiro ambiente, sem esquecer-nos que o bicho homem faz parte deste bioma e é o único que age com intenção criminosa em poluir.
Outra solução seria instar os Órgãos reguladores, fiscalizadores e de educação ambiental a fazerem o dever de casa na forma da Constituição Federal e demais legislação infraconstitucional que a toda evidência não andam fazendo.
O que vemos é um meio ambiente agredido, deflorado despudoradamente por empresas, em nome de um crescimento desordenado que tem apelido de megaempreendimetos sustentáveis.
Como exemplos as obras da PETROBRAS, na Reta da Penha, e as TORRES fálicas de 25 a 39 andares e obrares.
Eu me preocupo é se com todo este "boom" apertarmos a descarga dos retretres simultaneamente. Vai feder e emporcalhar!
Aí está uma receita simples sugerida por um pragmático quase um analfabeto no jargão ambiental.
O que não nos falta é consciência, bom senso, seriedade e respeito com as gerações atuais e vindouras, se vierem!
Parabéns pela observação sempre arguta.
Fernando Claro
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