FONTE: FOLHA VITÓRIA ON LINE.COM.BR
08/10/2008 às 07h29 - Atualizado em 08/10/2008 às 12h32
Casagrande elogia medidas do governo contra crise econômica
Agência Senado
Foto: Agência Senado
"Não há, hoje, um especialista capaz de apontar a luz no fim do túnel"
Brasília - O senador capixaba Renato Casagrande (PSB) fez, nesta terça-feira (7), uma análise da crise global nos mercados financeiro e de capitais, afirmando que a forte escassez de crédito já está contaminando a economia mundial. "Não há, hoje, um especialista capaz de apontar a luz no fim do túnel, anunciando que o pior já passou. Há sintomas claros de risco de recessão nos países desenvolvidos, com efeitos sobre os países emergentes", observou, com preocupação.
Outro aspecto preocupante para Casagrande é o expressivo componente de irracionalidade no comportamento dos investidores e especuladores. "É hora de os governos agirem com cautela e segurança, indicando soluções claras e seguras para o enfrentamento da questão. Nenhum país pode deixar a sua economia ser desenvolvida por si só, sem a interferência de um Estado forte", defendeu.
O senador alertou que, no caso do Brasil, a crise poderá ter reflexos diretos na discussão em torno do Orçamento Geral da União, obrigando o Congresso a rever a alocação de recursos públicos em investimentos em infra-estrutura. Com esse cenário, é preciso garantir os cronogramas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Casagrande disse acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está "com o pé fincado na realidade", e tem procurado adotar medidas importantes para dar continuidade ao crédito no país e facilitar a exportação para aumentar a receita em dólares.
Sucessão
Casagrande é da opinião que sucessão de 2010 não é assunto para esse momento. Na opinião dele, os resultados que saem das urnas nestas eleições municipais são apenas uma "das variáveis" que resultarão na chapa governista para a sucessão de Lula. Casagrande diz que o candidato deve ter capacidade de "aglutinar as forças aliadas". Acrescentou que "o candidato ideal" dos governistas será o que apresente condições de garantir, pelo menos, uma disputa em segundo turno com a oposição.
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